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Este blog foi criado com o intuito de divulgar ideias e expandir limites.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Não é o que você diz...

...mas sim o que você Faz, que vai mudar as coisas.

"Love is all you need. " - John Lennon & Paul McCartney

domingo, 10 de abril de 2011

O Fator Humano

Em que o ser humano se difere dos demais seres vivos baseados em carbono?

Desde o início da era histórica, nós temos pensado que somos algo mais que os animais e vegetais.
E que chocante não foi, quando Darwin (ou não) revelou que somos apenas a evolução do macaco!

Sobre os vegetais, a questão se resolve de maneira fácil, uma vez que somos realmente diferentes.
Apesar de que é um erro pensar em tais formas de vida como "paradas". Quem lida com plantas, sabe que na verdade elas se movimentam a vida toda, para todas as direções, de forma estratégica e inteligente; mas num ritmo tão lento em comparação ao nosso, que leva horas para a movimentação de alguns centímetros, o que nos faz pensar que elas estão lá, "paradas".
Assistam uma figueira atacando uma outra árvore ou objeto, em sequência de fotos, que irão perceber.
Ou mesmo a estes vídeos: Movimentação em 56 horas / Movimentação em 6,5 horas
Pensem que, há milhões de anos, quando haviam apenas vegetais, estes eram os seres mais rápidos da terra.

Mas algumas pessoas chegam a pensar que os animais não têm raciocínio, e isto os faz diferentes de nós.
Bom, refutar isto não dá muito trabalho. Quando um cão sobe numa cadeira para lhe roubar comida, ele não teve que bolar um raciocínio?
Quando hienas se unem para caçar, isto não é uma estratégia? Assim como os peixes formam cardumes?
E as mariposas brancas, que buscam árvores brancas para se camuflar?

Há também a ideia de que só os humanos conseguem planejar as coisas.
Que absurdo! Para quê, então, formigas juntam alimento para poderem comer em épocas chuvosas?
Para quê as aranhas constroem teias, e os pássaros ninhos?
Para quê muitos animais alimentam seus filhotes?

Muitos pensam que animais pensam apenas na própria sobrevivência.
Errado novamente. Quem nunca viu uma matilha brincar de "pique"?
Há também os golfinhos, que literalmente brincam com círculos de ar criados por si mesmos.
E para que fazem isto? Certeza que não é apenas para sobrevivência.

Animais não podem amar, é no que muitos acreditam.
Ora, e aquela festa toda que os cachorros domésticos fazem quando chegamos?
E o que dizer da mãe que cuida de seu filhote?
"É instinto", muitos dizem. Então assistam isto.

Agora, a teoria mais aceita por muitos, é a de que humanos são os únicos seres capazes de filosofar.
Rejeito esta hipótese. Impossível prová-la.
Como saber se um pequeno peixe de aquário, ou uma vaca num matadouro, ou um pássaro, ou uma lagartixa, não têm a capacidade de se perguntar "o que estou fazendo neste mundo?"?
Por qual razão deveríamos acreditar que outros animais não filosofam?

Tive uma nova ideia do que o ser humano se difere de todos os outros animais.
Nós somos os únicos que acreditamos que somos destinados a algo maior do que sermos animais.
Por este motivo, buscamos fazer coisas diferentes do que o animal humano faria.
Buscamos deuses, conhecer as estrelas, construir coisas que ajudam a construir coisas, criamos patrimônios, e equipes organizadas.
Já vi um golfinho brincando, mas nunca vi um criando regras de um jogo chamado "golfinhoball".
Eis a grande diferença, entre o homem e o macaco.

O grande problema, é que a maioria de nós acaba não conseguindo responder a esta pergunta:
"A que somos destinados?"
Por este motivo, muitos acabam caindo no conto da sociedade contemporânea: o objetivo é chegar a deus, o objetivo é ter mais dinheiro, o objetivo é fazer o bem, etc etc etc
Mas será que aquilo que acreditamos, que nos faz ser diferente dos animais, é, afinal, verdade?
Até quando destruiremos o planeta por acharmos que somos alguma coisa?

Mais uma vez, uso Sartre: "O homem nada mais é do que aquilo que ele faz de si mesmo."

sábado, 2 de abril de 2011

Indução da Virtude / Dedução do Vício

Esse post é dedicado à Luh, pois a ideia me veio à cabeça numa conversa não programada num banco perdido, como o são as melhores.

Muitas vezes, criticamos as pessoas devido aos seus defeitos. É normal, quando vimos uma atitude de extrema ignorância de outra pessoa, ficarmos indignados, revoltados, e por vezes irritadiços com a própria pessoa que cometeu o erro, como uma forma de puni-la.
Mas, olhando numa minuciosa visão de 360 graus, de que isto realmente adianta?
A primeira ideia que vem na cabeça de muitos nós diante do erro de outrém, conscientemente ou não, é a questão da punição.
Aos que realmente acreditam que a punição pelos atos imorais pode demonstrar à pessoa que é errado cometê-los, vamos refletir um pouco mais acerca deste assunto:


Digamos que uma pessoa seja injusta, egoísta, etc.. O que normalmente a sociedade faz com uma pessoas desta (por métodos mais ou menos radicais) é tentar puni-la, para que ela entenda que cometer tais atitudes implica num mal-estar social e que a sociedade lhe cobrará um preço.
Esta é mais ou menos a lógica que estou aqui disposto a demonstrar o quanto é ineficiente.

Quando uma pessoa é imoral, ela o é por acreditar que pode levar a vida deste jeito.
Deste modo, com maior ou menor intensidade, tal noção de que ela pode praticar injustiças e imoralidades estará presente em todos os âmbitos de sua vida: entre amigos, no trabalho, com a família, em sua relação com o meio em que vive, etc, claro que em maior ou menor intensidade conforme o ambiente.
Quando alguém chega nesta pessoa, para conversar, para tentar esclarecer que o que ela faz é errado, o foco estará sendo totalmente dado na parcela de sua vida no qual tal imoralidade é mais transparecida.
Por exemplo, se a pessoa só é injusta com os amigos, mas consegue controlar razoavelmente isto no ambiente de trabalho, familiar e outros, apesar de dar algumas mancadas menores. Então, seu amigo irá tentar persuadi-la a deixar de ser assim, mas apenas entre suas amizades.
Digamos agora que este amigo foi bem-sucedido, e o malfeitor realmente se convenceu, e quer mudar. E daquele dia em diante, ele realmente começa a tratar com ética todos os seus amigos.
O problema, é que como a sua própria crença ainda lhe condiz que ela pode ser imoral na vida, ela terá sua potencialidade em sê-lo nos demais ambientes. Ou seja, ela conseguiu apagar a ideia de que pode ser imoral nas amizades, mas não apagou a ideia de que pode ser imoral no trabalho, pois continua a imaginar a sua vida como uma possibilidade imoral.
Algum tempo depois, como um vírus que se propaga do ambiente de trabalho para as amizades, ela volta a pensar que, como ela pode ser imoral na vida, não haverá problemas em ser imoral com os amigos, e torna a fazê-lo.

A principal conclusão que pude tirar disto é que é completamente ineficaz tentarmos induzir a noção de que uma determinada pessoa erra por vício, à ela mesma.
O único modo da pessoa deixar de cometer os vicios, é por dedução própria, ou seja: ela mesma se conscientizar de que não quer mais este vício, e começar a, minuciosamente, limpar seu vício de todos os ambientes de sua vida.
E, após isto, fazer um verdadeiro policiamento (coisa que, na verdade, todas as pessoas, mesmo as mais éticas, precisam) para que a "sementinha do mal" não volte a assombrá-la em nenhum ambiente.
Isto é o tratamento pleno para curar a injustiça, o egoísmo, e a imoralidade, mas, infelizmente, só o próprio "doente" pode ser seu médico neste caso.

Daí já podemos tirar algo valioso: todos nós temos defeitos. E para extingüi-los, não adianta esperar que algo externo aconteça, ou que alguém venha lhe socorrer: só nós mesmos temos este poder.

Mas pelo mesmo raciocínio, se por um lado não podemos fazer as pessoas deixarem de ser piores, nós conseguimos sim ajudá-las a serem melhores.

Pois pensemos nas virtudes de uma pessoa: se nós, em uma conversa, chegarmos e dissermos "cara tu é mesmo muito honesto no seu trabalho, por isto que eu gosto de ser teu amigo", isto irá incentivá-la a ser mais honesto ainda, pelo mesmo princípio da punição-recompensa.
Como tal estilo de vida não pode ser suprimido pela imoralidade, uma vez que a pessoa toma suas atitudes morais por acreditar que possa levar uma vida moral, os incentivos recebidos à uma vida honesta no trabalho irá fazer com que tal moralidade se propague aos outros ambientes (amizade, família, etc), buscando a mesma recompensa.
Assim, ao contrário dos vícios, realmente faz efeito induzirmos uma pessoa à trabalhar suas virtudes.


A grande conclusão que quero extrair disto tudo, é que não vale a pena (pela lógica desenvolvida) tratarmos mal alguém pelo simples fato dela não ser uma boa pessoa.
O fato dela não ser uma boa pessoa deve impactar sim, no âmbito racional de nossa personalidade (kama-manas), a não termos o desejo em conviver com ela.
Porém, isto não deve ser levado para o nosso lado sentimental, uma vez que não adiantaria destratá-la, gerando apenas mais intrigas e mal-estares entre as duas pessoas.

Então, por mais que a pessoa tenha dado mancada contigo, tenha sido completamente imoral, seja astuto: não permita que ela te magoe novamente.
Mas também seja melhor do que ela: trate-a com um sentimento verdadeiro e nobre que você despendiria a seus melhores amigos, mesmo sabendo que ela pode não merecer.
Assim, você não irá conseguir fazer com que a pessoa melhore seus defeitos, mas ao menos fará com que ela melhore em suas qualidades.

E eu vou terminar este post, com um pensamento muito sábio, da própria Luh, que publicou no seu orkut conforme abaixo:

"Nossa permanência neste mundo é como uma fila indiana, levamos 2 placas penduradas, a da frente mostra nossas virtudes e a de trás nossos defeitos.
Não olhemos a do nosso companheiro da frente pois corremos o risco de estarem fazendo o mesmo conosco.
Não devemos desperdiçar nosso tempo com coisas inúteis.
O tempo passa depressa demais, é preciso entender esta questão, quanto mais cedo melhor."
 - Luciene Sousa Silva

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Um Bom Exemplo

O que mais quero nesta vida, é melhorar o mundo.
Não por causa de reconhecimento, glória, nem para chegar a algum tipo de paraíso e ser recompensado, antes ou depois da morte.
É porquê simplesmente é difícil ser inatingível, frio (e isto, dizem que eu ainda sou) quando você anda em qualquer lugar - desde um ônibus lotado até a mais elitizada biblioteca - e percebe que a grandíssima maioria de pessoas ao redor de ti, bem mais que 95%, não sabem nem mesmo o que estão fazendo aqui, são materialistas, hipócritas, ignorantes, e por aí vai.

Nestas horas, sinto que grande parte da vida de toda humanidade é desperdiçada segundo-a-segundo. Pessoas boas não sabem onde encontrar sua felicidade, e acabam por ser ludibriadas, acreditando que poderão comprá-la. E vivem a vida se esforçando para dar foco às coisas materiais, buscando enxergar nelas a felicidade, e se contentando, com medo de largar esta felicidade artificial e se lançar às verdadeiras atitudes que completariam sua vida.

Desde que comecei a enxergar verdadeiramente o mundo, a "sair da caverna", e percebi que o sentido das coisas não é divino, mas sim humano, comecei também a perceber como a humanidade, como o nosso sentido, foi atualmente perdido.
A partir daí, decidi tentar melhorar o mundo, ou melhor, melhorar as pessoas. 

Primeiro, com caridade. Porém, aí não encontrei uma boa solução, pois dar algo a alguém não muda a pessoa que está recebendo. Ela fica grata, utiliza com gosto o que ganhou, mas nada é acrescido em seu interior, na sua essência, no que realmente importa.

Depois, decidi atacar de frente tudo aquilo que eu via de errado. Era eu contra o mundo.
Após muito stress, estudo, e pouca atividade (que já estava prometendo virar muita), dei sorte em perceber que nenhuma - pesquise - revolução radical, por mais que bem-intencionada, acaba gerando o bem-estar social. Isto ocorre porquê toda a revolução se baseia no ideal de alguém, que sempre vai ter um lado contra, e mesmo no lado que a apóia, haverá divergências de pensamento, que culminarão, cedo ou tarde, numa agressividade ou abuso da forma de sociedade estabelecida.

Então, decidi estudar, estudar muito, me internar lendo livros, livros e mais livros.
Isto se mostra, sim, muito importante.  O problema é que comecei a acreditar que apenas com o conhecimento, o mundo seria mudado. Quis escrever uma ótima tese de como a sociedade poderia ser melhor, divulgá-la, e pronto, achar que minha parte estava feita.
Mas o problema está justamente no fato de que a maioria não sabe pensar, não lê. Se torna impossível fazer uma mudança pela sociedade.
Fazer algo disto é se iludir de que você fez algo inteligente pelo mundo, quando na verdade nem todo ato de uma pessoa inteligente, é sábio em si.

Só então entendi, que o único jeito de mudar as coisas, é uma revolução interna. Em mim, e em todas as pessoas. Cada pessoa deve se revolucionar, tornar um sábio, por conta própria, de seus próprios pensamentos.
E que o melhor modo de fazer as pessoas pensarem, não é fazendo discursos, escrevendo livros, fazendo propaganda. O grande problema dos que querem mudar o mundo, é que eles falam muito e ouvem pouco do que têm ao seu redor.

A única forma de atingir as pessoas, é ser o melhor de si com as mesmas. É dar o exemplo, mostrar o caminho, e não forçá-la a segui-lo.
O exemplo, bem ou mal, acaba por fazer a pessoa pensar. Demonstra que há felicidade verdadeira em atitudes não-materialistas, mas sim humanas.
Não adianta ir contra, atacar com palavras, pedir pra mudar. Apenas converse, não sobre a negação do estilo de vida de outra pessoa, mas sim sobre o estilo de vida que você mesmo leva.
Ganha-se o pensamento pela curiosidade, pela liberdade, e não pela repressão.
O mundo muda com atitudes; não adianta ser um intelectual que não age, mas também não adianta ter atitudes tolas, sem base inteligente.

E se ninguém mudar, paciência. Mas é muito mais construtivo que tentar mudar um todo que não quer mudar.
E funciona, isto eu percebo nas poucas pessoas que aos poucos tem se libertado pelo simples fato da convivência.


E nunca nos esqueçamos: por mais sábios que sejamos, fazemos parte deste todo. Não adianta tentar se isolar do mundo ignorante, pois você está imerso nele como um peixe no oceano.

O segredo de toda a felicidade em sociedade, encontro na velha frase do John Lennon:
"Deixo as coisas que amo livres. Se voltarem, é porquê as conquistei. Se não, é porquê nunca as tive."

domingo, 9 de janeiro de 2011

Sobre Ser ou Não Ser Ético

Questiono-me profundamente, em diversos momentos, se estou agindo de maneira ética ou não.

Decidi retratar um pouco do que se passa nestes questionamentos.

Afinal, mesmo quando tomo uma atitude julgada como "eticamente correta", seria mesmo, aquém de seu julgamento, uma atitude ética?
Pois eu poderia tê-la tomada apenas e tão somente, por exemplo, em função do reconhecimento ofertado pelos outros, ao observarem tal atitude, ou algum outro tipo de recompensa indireta.

Ou, ainda, mesmo que ninguém tome conhecimento de minha atitude ética, pode ser simplesmente um método de provar a mim mesmo que estou sendo ético, o que satisfaz o meu desejo de sê-lo. Mas isto não necessariamente caracteriza a minha vontade, em sua forma pura.

Isto também nos leva a uma outra questão: desejar ser ético, independentemente de ter ou não atitudes éticas, lhe torna uma pessoa ética?
Algumas vezes, reconheço atitudes minhas (passadas, presentes ou futuras) como não éticas, e isto me traz o desejo profundo de ser ético nestas situações. Apenas desejar, pode ser ético?

Eu acredito que não. Pois toda filosofia de vida, se não colocada em prática, de nada vale.
Porém, ao mesmo tempo, não podemos julgar alguém como "mal" pelo simples fato da pessoa não colocar em prática suas atitudes éticas, sendo que as deseja, e as reprime.

E se em algum momento fazemos o "bem" por algum tipo de recompensa indireta, e que poderia ser julgado como ético (apesar de não ter uma origem verdadeiramente ética), então isto pode ser considerado ético?

Também acredito que não, pois então fazer algo para ganhar status social seria algo ético, o que não o é, por haver interesse.
Ao mesmo tempo isto poderia sim tornar o mundo melhor, como um "mercado de ética", então como não poderia ser algo bom? Será que o "bom" pode divergir do ético?

A outra questão que me coloco, é: fazer algo que não seja julgado como ético, apesar de que para sua filosofia de vida, é ético, torna tal atitude não-ética?
Eis aonde ainda reside minha dúvida...

Difícil responder. 
O anjinho e o diabinho estão sempre presentes, e nós sabemos sim qual é o anjinho.
Só não descobrimos ainda o quão importante é segui-lo.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Os Fins Ocasionam os Meios

E porquê os justificariam? Uma vez que o "fim", neste contexto de "objetivo", nada mais é que uma utopia que nos motiva a seguir em frente.
Comparo à uma utopia devido ao fato de, mesmo que chegarmos ao "fim" desejado, este nunca será tão perfeito quanto o era em nosso imaginário.
Por mais que conquistemos todos os objetivos criados em vida, nunca estaremos em um estado de plenitude interna.

Até aqui, tudo bem, mas... sabendo disto, e aceitando tal ideia, não seria possível brincar com isto?
Quero dizer que tudo de bom que vivemos na vida são os meios, nunca os fins. Pois o fim para de ser bom no exato momento que se adquire a consciência de que se está imerso neste.
O que aconteceria, então, se taxássemos tudo como um objetivo, como um fim?
E não me refiro aqui a taxarmos de pequenos fins dentro de um fim maior, mas sim taxarmos tudo ao nosso redor, todas as possibilidades, como um grande e imenso fim, o qual sempre tenderemos a chegar, cada vez mais próximos, mas nunca chegaríamos?

Pois o quanto importa, aliás, chegarmos ao nosso objetivo? Isto nada mais é que uma ilusão necessária para que pensemos que temos que chegar lá, e assim vivermos plenamente enquanto buscamos algo apenas. Mas a consciência de que a nossa vida está imersa na busca, e não na linha de chegada, pode nos trazer algo muito mais importante, que é o conhecimento do que faz a nossa vida valer a pena.


Deste modo, poderíamos descartar os fins, os meios, e toda esta parafernália que seria necessária para vivermos plenamente, e aprendermos que toda a "fórmula mágica" na verdade está dentro de nós, mas que por ignorância só a utilizamos como força para buscar um fim cujo objetivo nada mais é que despertá-la... eis o ciclo vicioso que precisa ser quebrado, para podermos encontrar o verdadeiro caminho a trilhar, e não apenas trilhar um que se pareça com o que traçamos.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Lucidez

Este é apenas um desabafo de um dia tão estranho quanto o hoje está sendo.

Com certeza oq sinto neste momento não é algo que veio do nada, nem veio da constante prática consciente de algo.
Na verdade, provavelmente são frutos de inúmeros acontecimentos tão independentes quanto eles possam ser, que tem se manifestado, em minha percepção, de uma forma conjuntamente muito estranha.

O que quero dizer com "estranho" é uma série de acontecimentos coincidentemente anormais que me envolveram entre ontem de noite até o presente momento.
Coisas pequenas, como meu computador ter pifado simplesmente do nada, até coisas mais graves, como saúde e bem-estar da minha família. Tudo num pequeno intervalo de tempo, de algumas horas.
Isto me exigiu uma capacidade de ter que reagir alternativamente em diversas situações da minha vida. Acho que esta mudança brusca acabou por desencadear algo mais.

O que passei a sentir, na verdade, foi uma grande lucidez. Sempre pensei que a lucidez em si implica no bem-estar.
Mas a coisa não está acontecendo bem assim...

Primeiro, sinto como o universo é, na verdade, algo fluído. E em como, ao menos, eu, me prendi em cada situação como algo concreto, o que não é.
Na verdade, já tinha esta consciência de que tudo muda na vida. Qualquer pessoa com um mínimo de inteligência sabe que não se pode contar com o que é certo.
Mas, ainda assim, eu costumava me prender às coisas, como uma forma de me normalizar perante a sociedade, focando numa rotina mas ao mesmo tempo visando a sua mudança.
Com isto, perdia cada vez mais a posição de liberdade em mim mesmo, visando uma libertação futura daquilo que é chamado de rotina.

A rotina, afinal, nem deveria possuir uma palavra. Pois ela não existe.
A liberdade mental não é a fuga da rotina. É simplesmente não se aplicar o seu conceito, em nenhum dos lados desta pseudo-moeda.


O que me dói, ao conseguir abstrair as coisas, é ver como elas vão de mal a pior.
Como as pessoas nem sabem o porque levam sua vida em frente.
É ver como elas se acovardam perante o injusto.
É ouvir como elas se imbecializam perante o discurso sério.

Eu me acovardei hoje também, em uma das situações estranhas.
E deixei de ajudar com simples palavras, por ter ficado como um idiota perplexo ao ver que ninguém ajudou também.
Fomos todos um bando de imbecis naquela situação em particular.

Fui, em si, um negligente, um covarde, só porque não conhecia a pessoa injustiçada.

E por quantas situações não os somos em nossas vidas, apenas por pensar "este problema não é meu"?
Quanto o mundo não deixou de ser um lugar melhor devido à negligência das pessoas?


Não é tão difícil assim mudar o mundo, mas ainda assim, deixamos de fazê-lo, mesmo quando fazemos lindos discursos em prol do próprio ideal.
Não são nossos discursos que movem o mundo. São nossas atitudes.

Quantas vezes não deixamos de melhorar as coisas por pura preguiça?


Pior que ficar preso na própria ignorância, é ficar preso na própria covardia.


Posso ter ficado louco, querendo que o certo fosse certo feito deste jeito.
Mas que outro desastroso pecado, senão a negligência do egoísmo, deveria ser retirado do mundo?

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Política

O ambiente faz o pensamento. E esta praga de ambiente político brasileiro, na época de eleições, infelizmente, me fez pensar.

Em primeiro lugar, pensei o quanto a política nada mais é do que uma força exclusivamente burra. Não estou dizendo isto como ofensa ou por indignação (apesar de estar, sim, indignado com muitas coisas). É que, literalmente, a política é o contrário do intelecto.

Pois vejamos assim: o que é política? Não seria toda uma rede de trâmites, contatos, propaganda, força bruta e, principalmente, lábia e poder de persuasão, utilizado como meio para se chegar a um fim? Ou seja, a política é todo o meio para se chegar a um fim, que não se utilize da racionalidade das pessoas.

Pois procura conduzi-las pelo sentimento (medo, patriotismo, desejo de bem-estar), e usufrui destas características humanas para colocar o político no poder. Mesmo quando a política age pela verdade, acaba fantasiando a verdade como melhor ou pior, de modo a melhor coordenar o bando de gente para a direção que melhor agrade o líder.

O problema, em si, não está na política; a falta de racionalidade das pessoas até poderia ser utilizada por um ser ético, e coordenar a todos para uma situação melhor.
Mas a coisa fica feia quando o bando, em si, não se deixa perceber que está sendo coordenado pelo sentimento e deixa a razão de lado, em uma hora que esta última deveria governar.
Neste ponto, fica muito fácil para o político levar o povo para o caminho que ele quiser, pois a maioria segue sem se preocupar para onde está indo.

Eis o erro da democracia política. Critiquem-me o quanto quiser, mas uma democracia política não funciona em um país de ignorantes. Dá nisto: como a maior parte das pessoas não possuem conhecimento algum, acabam elegendo um palhaço (nunca imaginei q fosse dizer isto, mas, literalmente um palhaço) que leva 23 (VINTE-E-TRÊS) políticos a se candidatarem, estes sem nem ao menos se preocuparem em mostrar a fuça para o povo

Desculpem, mas acho a democracia política, em seu estado evolutivo atual, simplesmente ridícula! Como pode, por exemplo, o voto (ou OPINIÃO) de uma pessoa de 50 anos, que estudou política, educação, economia, história, direito, sociologia, geografia, e tenha doutorado em alguma destas áreas, valer exatamente a mesma coisa que o voto de um moleque de 20 anos que nem tenha terminado o ensino médio, que nem ao menos se dê ao trabalho de entender como funciona o sistema de votos que ele irá participar?

Minha sugestão, que já contei a diversos amigos (alguns concordam, outros não, naturalmente), é haver uma espécie de peso para o voto, baseado nos estudos, ou em alguma pontuação feita em algum exame nacional. Enfim, que seja este ou não o melhor caminho. Mas a coisa realmente não deveria ser como no parágrafo acima. É ridículo.

Outra coisa ridícula é um indivíduo que não possua nem ensino fundamental (não saiba nem o que é uma mitocôndria, muito menos uma constituição) consiga se candidatar a qualquer cargo. Acho que os candidatos deveriam passar por um grande teste, dificílimo, antes de serem permitidos a governarem algo. A constituição deveria ser refeita. Já é hora.

Por fim, este texto não serviu para nada mesmo. Nada muda se o povo não muda.
Seguem abaixo umas frasesinhas que fiz na inspiração destas patéticas semanas.

Política é toda força que não atua pela inteligência.

A aceleraçao tecnológica é positivamente correlacionada com a desaceleração política.

O mundo está cheio de imbecis, que ainda acreditam em papai noel, que julgam mas não sabem pensar, que sabem o que é certo mas ninguém tem coragem para fazer, contaminados pela pseudo-epidemia, mediocrizados na mesma rotina; ou são cegos, ou não querem ver.

E, como diria George Orwell: "Ignorância é Força". E força política.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Felicidade

Não pretendo neste post definir a felicidade. Acredito que cada um tenha seu próprio caminho a escolher, assim como sua própria egrégora que fará parte de sua vida.

Só queria discutir, ou iniciar uma discussão, à despeito do que li em um livro de dois neurocientistas com relevância no assunto. Trata-se de um capítulo sobre como a felicidade é formada no cérebro humano.

Um conceito que achei muito interessante, foi o de que todos nós temos uma determinada felicidade, moldada pela forma como encaramos as coisas em nossas vidas; é afirmado no livro que, por exemplo, após uma pessoa não-milionária ficar rica do dia para a noite (loteria, investimento certo, etc), seus níveis de felicidade (determinados por n fatores) aumentam... mas apenas no curto prazo! Claro que haveria para sempre muito menos tristeza na vida desta pessoa, sem preocupações com trabalho, contas, etc...

Mas no médio e longo prazo, todos nós tendemos a voltar a um ponto de equilíbrio de felicidade que é determinado pura e simplesmente pela nossa mente, pelo modo de como decidimos viver cada momento de nossas vidas.

Isto é válido para quem encontra um grande amor, ganha muito dinheiro, ou mesmo o contrário: perde a visão, perde entes próximos, etc.. Tudo sempre acaba voltando à normalidade que nós determinamos.

Mas se somos nós quem determinamos esta normalidade, então no longo prazo o nosso nível de felicidade, apesar de sofrer choques de curto prazo, pode ser pré-estabelecido por nada menos que nossa mente. Ou seja, independe das coisas exteriores, das pessoas com quem você convive, do seu trabalho, etc.. Acredito que estas externalidades à mente, são na verdade meras conseqüências produzidas pelo nosso interior. Nosso nível de felicidade determina as pessoas que temos mais facilidade de nos aproximar e aumentarmos a própria felicidade, por exemplo.

Comecei a experimentar isto. Em cada atitude que tenho que tomar, simplesmente decido que farei desta decisão (e de sua conseqüência) algo bom. E é incrível como isto funciona de maneira tão simples! De um momento para outro, ficou muito mais fácil fazer coisas úteis, mas antes cansativas - exercícios físicos, estudar, pegar um ônibus lotado... o segredo é se concentrar em deixar sua mente "limpa" da parte ruim da coisa, e se concentrar apenas e tão somente na parte boa - e há uma parte boa, caso contrário a decisão não teria sido tomada...

Enfim. É só isto. 
Apenas pense, quando se sentir infeliz, que é você mesmo que está optando por deixar de sentir felicidade. Deseje melhorar, sempre, e tenha noção do quanto uma situação é ou não ruim. Mas não deixe-a influenciar a ti mesmo pelos maus momentos, e nem faça de si mesmo dependente de externalidades. Você é o que há aí dentro, e nada mais.

E como já discuti em outro post, felicidade não é o único objetivo... 
mas é uma grande motivação!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Quem é Você?

Quem é você?

Rockeiro pagodeiro gênio astronauta biólogo economista comunista esportista,
idiota doente inconseqüente imaturo,
patricinha playboyzinho pobre bêbado preto branco hippie, 
monstro religioso ateu curioso muçulmano oriental ocidental extraterrestre, 
intrauterino ameba prostituta psicóloga classicista,
neo-classicista modernista pós-modernista, 
pele-vermelha velho jovem, 
sábio aventureiro especulador, 
destruidor-de-lares altruísta viciado,
nerd vegetal ladrão zen,
assassino campeão marxista,
maconheiro noveleiro estrangeiro...


NÃO SOMOS NADA DO QUE DIZEM!!!

Limpemo-nos de todos os adjetivos a que somos fulminados diariamente.
Ninguém é nada daquilo que alguém classifica, cada um é um só, mistura de milhares de elementos que se desenvolvem de uma maneira ímpar em cada ser vivo.

Adjetivos só nos confundem, nos prendem e conduzem a não experimentarmos novos sabores, novos ódios e novos amores, ao "não faço aquilo porque sou isto" (mesmo que inconscientemente), levando à um pré-conceito completamente ignorante à real situação em si.

Pense no que pensam de você, e veja se concorda. Você não é nada disto, somos metamorfoses ambulantes que não culminam no objetivo de ser alguma coisa - mas sim de fazer alguma coisa.


Troque suas idéias, recicle, sem ter medo de si mesmo.

domingo, 8 de agosto de 2010

Inconsciente Coletivo

Quero iniciar este post agradecendo ao Vinicius pela troca de ideia da sexta-feira, que me fez pensar "bacarái" no assunto deste...

Estávamos a discutir, dentre diversas outras coisas, sobre o porquê das pessoas agirem de determinada forma sem ter explicação alguma para fazer aquilo, no máximo dizendo "porquê é assim" ou "porquê todo mundo faz assim". Vou expôr mais ou menos o que pensamos, e agregar mais algumas coisitas que vim a pensar depois...
A questão é que o ser humano sempre está preso a fazer algumas coisas não só pelo costume, mas também pelas atitudes dos demais, quando inserido em alguma sociedade.
Na antigüidade, por exemplo, muitas das decisões inúteis eram tomadas com base na mitologia: se não houvesse um sacrifício todo o dia, a escuridão teria forças para dominar a luz e o sol não nasceria; quem entrasse em determinada caverna entraria no reino dos mortos, e portanto esta devia ser evitada; estes tipos de coisa.
Após isto, na Idade Média, começou-se a decidir com base na religião. O homem matava, morria, passava fome, trabalhava, escravizava, gastava tempo, em prol de uma religião que queria apenas se manter no controle da situação. Muito conhecimento foi retardado por ir contra a estabilização das igrejas e templos, e a maioria da população agia conforme fosse dito por uma entidade maior, sem reclamar disto, mas agia principalmente porquê todos agiam desta forma, e não havia outro caminho.

Aaaah os tempos de hoje!! Nada como poder abrir a janela num sábado ensolarado, e gritar aos prédios: "Sou Livre!!". Será mesmo?
Pensemos um pouco: antes do mercantilismo (que iniciou-se por volta de 1500) ninguém dava tanta importância ao consumo. Nenhum povo tinha o pensamento "trabalhar mais, para ganhar mais, para comprar mais". O consumo era uma necessidade da vida, e não a felicidade em si.
É isto o que hoje mais valorizamos no mundo de hoje; aquele que ganha mais dinheiro, e pode consumir mais, é "bem-sucedido", enquanto aquele hippie das montanhas é um "pobre fracassado".
De onde veio esta generalização, de que o trabalho enobrece a pessoa, e que, na verdade, é o dinheiro que importa? Pois a maior aspiração no geral de nossa sociedade atual é este: dinheiro. Porém, as pessoas ficam tão cegas com isto, que não são capazes de ver como no passado o dinheiro não possuía tamanha importância, e nem sequer era cogitado como objetivo de vida. É óbvio que todas as pessoas, no mundo de hoje, ficariam indignadas se o salário delas fosse menor daqui alguns anos do que o de hoje.

Mas porquê é tão importante assim o consumo? Será que é só isto o que temos? Tenho a singela impressão de que tudo o que vemos como objetivo é o consumo, exatamente como os religiosos do século XI viam deus como o objetivo supremo, e portanto gastavam suas vidas com isto. Pois hoje em dia, nada mais fazemos, senão trabalhar.
Pois trabalha-se para comprar mais coisas para ficar mais feliz e trabalhar melhor e comprar mais coisas, que muitas vezes são tão inúteis que precisam ser socadas mente-abaixo pela mídia para que obtenhamos desejo de consumi-las. E dá certo!

Bom, não é esta a discussão na qual quero entrar aqui. Isto é apenas um grande exemplo do chamado "Inconsciente Coletivo", que nos faz fazer algo, sem pensar em nossas reais vontades e necessidades, apenas porque todos os outros fazem igual. 
Assim, em vez de pensarmos por conta própria (o que geraria muito trabalho), apenas seguimos o que os outros fazem, pois pensa-se que se todos fazem, é porque deve ser o melhor a se fazer. Mas acontece que se todos pensarem assim, todos farão o que ninguém decidiu. É como quando estamos andando em um grupo, e cada pessoa está seguindo para onde o grupo está indo, mas não há ninguém guiando!

E pior: se um ser pensante se dá conta desta situação, facilmente ele pode manipular os seres não-pensantes, simplesmente colocando em suas mentes a ideia de que todos fazem de determinada forma, coordenando assim o rebanho para onde ele achar mais propício.

É por isso que eu digo, meus amigos: PENSEM!!! Não fiquem acomodados fazendo as coisas sem nenhuma expicação para isto. 
Por que todos nós (eu muitas vezes) deixamos as oportunidades passarem muitas vezes por deixar de fazer algo à toa.


Quer ver um grande exemplo do que fazemos, e eu realmente não entendo o porquê? 
Não há sentido nesta cultura que se criou de se pensar que é falta de educação ou inseguro falar qual é o seu salário aos colegas de trabalho. Pode perceber, nenhum de nós divulga esta informação. Eu mesmo, encontro grandes dificuldades em falar. Mas aí me pergunto porquê, e eis a resposta: porquê meus pais e a sociedade me ensinaram assim!! Só isto!! Nenhuma resposta lógica!!
Na verdade, pelo contrário. Os chefes normalmente incentivam-nos a não dizermos o salário aos companheiros de equipe, de modo que não haja comparações, e que funcionários que são mal-remunerados sem perceber não reivindiquem salários melhores. E normalmente até os chefes são vítimas do inconsciente coletivo neste ponto, a não ser os grandes milionários, que perceberam como manipular este e alguns outros pontos.


Vamos lá, pensem comigo, tentem achar um único problema em dizer o seu salário a colegas de trabalho. Não é inseguro, uma vez que seu colega, por ser trabalhador, não irá arrombar sua casa para roubar. Também não é falta de educação. Imagine que um colega que faz o mesmo trabalho que você, te diga que ganha o dobro que você ganha. O que você faria? Provavelmente ficaria indignado, por saber a real situação que a empresa lhe omitiu. Isto seria uma falta de educação da empresa, e não do seu colega de trabalho. Mas é vantajoso para alguns que não nos sintamos indignados, por isso a cultura imposta de que não podemos divulgar nossos salários.


Neste e em milhares de outros exemplos podemos encontrar o problema do Inconsciente Coletivo. Ele é, sim, o formador da cultura dos povos, dos costumes. Porém, o problema se dá quando tais costumes atrapalham as vidas das pessoas, aprisionando-as a objetivos de outros seres que se aproveitam da situação.




Sejamos nós mesmos. Não deixemo-nos coletivizar pelo sonho de outrém.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Objetivo

Velha pergunta: qual o objetivo da vida?

Minha velha resposta, proveniente de Sartre: o objetivo da vida, em si, nada mais é do que aquilo que traçamos para nós mesmos, individualmente, pois o ser humano é o único ser vivo conhecidamente capaz de traçar uma meta que não seja apenas sobreviver e procriar.

Já citei esta resposta diversas vezes nos meus próprios posts anteriores. Mas vou deixar de contornar a situação, quase que com uma desculpa para não me aprofundar no assunto, e finalmente nadar em minha mente em busca do meu sentido da coisa, que foge ao nosso colega Sartre.


Tentemos enxergar: o que nos motiva a viver? Porquê continuar vivo, tentando melhorar em diversas áreas, se ao final toda matéria do universo se acelerará tanto que viraremos simplesmente energia - nós e todos os efeitos que deixamos no mundo - e dará na mesma morrermos de um jeito ou de outro, tendo feito coisas ou não?

Oras, a resposta parece simples: felicidade! Sim, pois se do pó viemos e ao pó voltaremos, temos que aproveitar todo este "intervalo" e fazer com que nossos sentimentos sejam os mais felizes o possível, pois é eminente a certeza de que a felicidade é boa.

Sim, é boa. Mas não é tudo que temos. Pense em quantos já não se sacrificaram e sofreram em prol de um ideal que nem ao menos fosse chegar aos sentidos de si mesmo. Ou fizeram o mesmo em prol do amor, ou por questões religiosas, ou simplesmente para obter mais conhecimento - em todos os casos, abdicando muitas vezes da felicidade.

Assim, deduzo que logicamente felicidade não é o objetivo máximo da vida, já que abdicamos dela em muitas ocasiões, que certamente nem ao menos culminarão em mais felicidade pela frente. Simplesmente abdicamos.

Creio que cada indivíduo tende a achar cada vez mais caminhos a seguir pela vida. O primeiro deles, obviamente, é a felicidade, pois fica claro desde o momento que nascemos o quanto é bom a emissão interna de hormônios que a trazem. É simplesmente maravilhoso.

Mas chega uma hora na vida, em que há para alguns necessidades extras. Completar um ideal, fazer feliz uma outra pessoa (mesmo que abrindo mão de sua felicidade), se dedicando a alguma entidade mística ou divina, buscar conhecimento externo ou interno, ou até mesmo algum hábito doentio, como os denominados "toques" por exemplo (não pisar em riscos no chão, girar a fechadura sempre 3 vezes, etc).

Enfim, cada um acrescenta novos objetivos à sua vida, em determinados momentos. Há uns 3 anos, eu acreditava cegamente que a única coisa que eu deveria maximizar em minha vida era a felicidade. Mas então, encontrei o quanto gosto do conhecimento. Neste instante, fiquei realmente perplexo, como algo que não me trazia a felicidade em si, de maneira direta, poderia me fazer "gastar" a vida com tanto afinco. A partir de então, fiquei convencido de que existiam estes dois objetivos na vida de todos os seres humanos.

Mas foi aí que me surgiu um terceiro - o de autoentendimento e dominação de mim mesmo. Como perco momentos felizes ou de conhecimento, para ficar apenas tentando me entender! Foi aí que percebi: objetivos não são listáveis, são infinitos. E nunca se imagina o próximo objetivo que há de vir para nossas vidas.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Razão e Sentimento

O que é viver? Não seria todo o tipo de reação química que nosso organismo sintetiza, e o nosso cérebro abstrai, através dos sentidos? Ou ainda - para quem acredita - sentir as energias positivas e negativas, ou vivenciar um sentimento ocasionado pela alma?

Primeira conclusão: viver é sentir.

Sendo assim, não é uma coisa ridícula medirmos uma vida simplesmente pelo seu tempo de duração? "Coitado, era tão jovem...", "Poxa, mas também, estava tão velhinha...".
Afinal, se viver é sentir, logo uma pessoa que sentiu mais coisas viveu mais, enquanto outra que sentiu menos viveu menos. Vamos desatrelar o passado, presente e futuro do verbo viver.


Pensemos em duas vidas: 
A primeira dura cem anos, que nela tenha-se apenas estudado, trabalhado, ficado podre de rico... porém nunca tenha caído, ralado os joelhos, se apaixonado, se magoado, ou seja, tenha sido uma pessoa vazia de sentimentos. 
A outra, dura apenas trinta anos. Mas nestes trinta anos, tenha-se amado muito, praticado esportes, se machucado, aprendido com os erros muitas vezes....

Bom, pessoalmente eu escolheria com toda certeza viver a segunda opção.
Acredito, de verdade, que ter um sentimento bom, ou mesmo ruim (mágoa, culpa, vergonha, dor, etc.) é ainda muito melhor do que estar vazio de sentimentos, totalmente frio: sem vida.

Não é a toa que o maior número de suicídios ocorrem com pessoas que não possuem mais uma meta na vida, e não por pessoas que tem uma vida extremamente ruim, com muita dor e sofrimento. Um dos países campeões em suicídios é a Suíça. A Suíça também é campeã em desenvolvimento humano, qualidade de vida, entre outros. Tem até robozinhos que varrem as calçadas. Mas também não há muitas festas na Suíça.
Acontece que em um mundo sem problemas, sem dificuldades, sem motivos para fazer diferente... a rotina acaba dominando, desintegrando sonhos e motivações de melhorias.
Precisamos sentir o mundo, ou deixaremos de viver.


Certo certo, mas se tudo o que importa na vida é sentir, onde há espaço para a razão?
A resposta que encontrei é condizente com o que foi dito acima: se viver é sentir, então se queremos viver mais, devemos sentir mais. Para maximizar o sentimento (perdoem o jargão econômico rs), devemos sentir com a maior intensidade possível, durante o maior tempo possível. Aí sim entramos com a variável tempo. É muito melhor viver uma vida "bem-sentida" por 50 anos, do que uma vida "muito-bem-sentida" por 10 anos, pois no primeiro caso, no final teríamos um somatório de sentimentos muito maior do que o que foi vivido no segundo caso (a não ser que a vida "muito-bem-sentida" seja 5 vezes mais intensa do que a "bem-sentida", o que é bem pouco provável). Perdoem-me o utilitarismo.

Então, o que devemos fazer para não exagerarmos na dose, e acabarmos literalmente morrendo, ou pior, sendo moldados pela vida a sermos pessoas frias e condenadas a morte não-literal? A palavra é moderação e equilíbrio. E esta só pode ser encontrada nas tomadas de decisões.
É aí que a razão, o conhecimento e a sabedoria entram. Devemos sim arriscar e ser loucos para podermos sentir mais, mas até que ponto isto não nos inibirá os sentimentos que ainda virão com o tempo?
Uma pessoa que vive intensamente, pode ser dominada por esta intensidade, correr com o carro em uma auto-estrada e morrer, aos 20 anos. Pronto, lá se foram 80 anos repletos de sentimentos. Se ela abrisse mão deste pequeno sentimento de adrenalina, certamente teria muitos outros pela frente. E todos conhecem dezenas de outros exemplos que podem ser citados de imprudência, que nada mais é que o sentimento sem a razão. Por isto, não devemos tomar apenas a intensidade como meta da vida, pois assim nos tornaríamos epicureus.

Sem contar, é claro, o sentimento de orgulho e satisfação que o conhecimento, fruto da razão, nos proporciona. 
A alguns mais e a outros talvez menos, é verdade. 

Assim, ao contrário do que muitos pensam, sentimento e racionalidade não são opostos; eles se completam, de modo a proporcionar a maximização da vida.

domingo, 30 de maio de 2010

Julgamento

Imaginemos uma pessoa, que nasceu e cresceu em meio a péssimas condições sociais, cujo pai chegava bêbado em casa e surrava sua família, na qual todos eram obrigados a trabalhar e por isto não teve condições de freqüentar uma boa escola, nem obter um emprego digno. Aos 20 anos, esta pessoa estava roubando, até mesmo matando, cometendo crimes dados como injustos e sem justificativa.
É óbvio, que sempre terão aqueles tentarão mensurar o quão a vida da pessoa justifica suas atitudes, e qual é a parcela de injustiça originada pela própria mente da pessoa.

Mas espera aí!! Como algo originado pela mente da pessoa não pode estar correlacionado com todo o seu passado, todas as suas memórias? Afinal, nossas atitudes e pensamentos não são mais do que induções de nossos pensamentos anteriores, que se baseiam pura e totalmente em memórias (desde os nossos sentidos primordiais, até as lembranças em si)?

Então, como podemos julgar esta pessoa que cometeu crimes, uma vez que seus crimes nada mais são do que frutos da realidade em que ela vive, ou seja, sua progenitora de memórias?

Analogamente, se torna deste modo impossível se julgar qualquer pessoa na sociedade, seja este julgamento bom ou mal.

Pois pensemos em mais um exemplo: um julgamento quase unanimizado por todos os povos contemporâneos, é o de que políticos não prestam. Mas será que se você, por exemplo, tivesse nascido e vivido nos mesmos ambientes, com os mesmos pais, com o mesmo cérebro e aparência, de um político necessariamente corrupto, não teria tomado as mesmas atitudes deste político, idênticas, já que a sua vida teria se originado e se seguido da mesma maneira?
Ou que se péssimos políticos, como Sadam Hussein ou George Bush, tivessem nascido no corpo de Madre Teresa, não teriam sido, pelas circuntâncias da vida, uma pessoa benevolente e cristã, dizendo as mesmas palavras e vivendo da mesma forma que ela?



Apresento aqui o que concluo dos raciocínios supracitados: a humanidade nunca conseguiu e nunca conseguirá aplicar leis que punam ou beneficiem de maneira correta todos os indivíduos. Pois isto é impossível, uma vez que nascemos todos da mesma forma, e portanto somos todos iguais; as circunstâncias em nossas vidas são o que moldam nossas atitudes e pensamentos.


Sendo assim, é inegável que o sistema de leis e regras nada mais é que algo que tenta controlar uma sociedade, visando o seu benefício objetivo (que depende do tipo de sociedade). Acredito ser totalmente hipócrita a aplicação do termo "justiça" sobre o indivíduo. E é claro que um conjunto de leis e regras é extremamente necessário a qualquer tipo de sociedade, da familiar à governamental; porém, tenho como errôneo o pensamento de que as leis são capazes de moldar o homem; elas punem, quem molda é a sociedade em si.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Sensorial

Cinco são os sentidos básicos dos seres humanos. São os clássicos:
- Tato, pelos terminais nervosos
- Olfato, pela pituitária
- Audição, pela cóclea
- Paladar, pelas papilas gustativas
- Visão, pela retina

Porém, reflitamos um pouco sobre a evolução, e as demais espécies.
As primeiras formas de vida não possuíam estes sentidos.
Na verdade, a maior parte da biodiversidade não possui exatamente estes sentidos.
A formiga, por exemplo, não possui audição, e nem sente dor. Em contrapartida, ela se comunica e possui seus sentimentos ligados à captação de feromônios - sensorial que nós, seres humanos, temos se não ausente, um tanto atrofiado. Apenas como curiosidade, este inseto também vê o tempo se acelerar, conforme cai a temperatura, e demorar a passar, conforme aumenta a temperatura. Isto ocorre devido ao fato dela não conseguir regular as temperaturas em seu organismo, e com a temperatura mais elevada, seu sangue se expande e a pressão faz com que circule muito mais rapidamente, fazendo "com que a vida passe mais rápida" diante de seus outros sentidos.
Isto prova o quão distantes somos de tantos outros seres, devido a vivermos "presos" em nossas próprias dimensões, e eles nas deles.


Sem mais firulas, peguemos como exemplo uma das mais impressionantes manifestações da evolução: o olho. Como toda evolução natural, o olho começou como uma anomalia. Certo dia, por um erro das duplicações genéticas, um verme nasceu com um órgão hipersensível à luz. Isto lhe deu uma capacidade de sobreviver muito melhor do que os seus semelhantes, pois possuía a capacidade de sentir a presença da luz, de modo a utilizar tal vantagem para escolher onde melhor se esconder, abrigar, etc. Assim, se reproduziu, e alguns de sua nova prole possuíam a mesma anomalia, se desenvolvendo melhor que os demais, e expandindo a espécie. Após milhões e milhões de anos, mais anomalias foram surgindo, paulatinamente, até que algum ser começou a ver alguma cor, depois outro começou a ver outra, sempre por meio de anomalias. O próprio olho humano é ainda incapaz de enxergar a maioria das cores (temos apenas sensores para luz azul, vermelha e verde).

E foi assim também que todos os outros sentidos dos animais se desenvolveram.

Quero aqui fazer uma analogia: é óbvio que não se pode imaginar um sentido que não se possui.
Por exemplo, uma pessoa que nasceu surda não tem a mínima noção do que é o barulho. E também não possui a capacidade de imaginá-lo. Isto porque seu cérebro não possui as experiências cognitivas da ação de ouvir.
Da mesma forma que um ser humano comum não é capaz sequer de imaginar o que é a cor ultravioleta - aquilo que mostram na TV as vezes como sendo "raios ultravioletas" na verdade são colocados como se fosse violeta. Se mostrassem raios ultravioletas de verdade, não conseguiríamos enxergar, naturalmente. Como nossa freqüência de visão atua entre o vermelho e o violeta, não podemos enxergar as cores Infravermelhas nem as Ultravioletas.
Agora, tente imaginar como é uma cor que você nunca viu. Vá em frente, tente.


Conseguiu? É impossível.


Partindo desta analogia, podemos ter em mente o seguinte: um sentido ainda não desenvolvido é inimaginável. Se a espécie humana não tivesse herdado os olhos da evolução, não teríamos a mínima idéia do que são cores. No máximo, as trataríamos como ondas de freqüência e energia, sem nenhuma particularidade.


Mas, ao mesmo tempo, como foi observado na história da evolução, vira e mexe aparece uma anomalia - um dom - em um ser vivo, que nenhum dos demais podem imaginar como é possuí-lo. Mas me pergunto: sendo provável este acontecimento, como nossa sociedade o distingüiria? Digamos que alguém possa sentir o mundo de uma forma a mais do que nós sentimos (não posso citar exemplos; como disse, a nós seria inimaginável qualquer uma destas formas). Que detenha um novo sentido. Será que tal pessoa saberia disto? Ou será que seria reprimida, de modo a acreditar que é mais uma pessoa comum?
Sendo que nossa sociedade obviamente se desenvolveu conforme nossos sentidos, como esta pessoa utilizaria este novo dom?
Difícil questionar o inimaginável.


Porém, há aqui um fato que não se exalta em livros escolares - exceto, talvez em alguns cursos superiores. Na verdade, o ser humano possui mais um sentido. É o sentido de equilíbrio, ou propriocepção. Sem ele, não teríamos noção do espaço e não conseguiríamos ficar em pé; é um sentido primário de quase todo ser vivo, assim como o tato.


Mas o que mais me intrigou e motivou a escrever este post, foi um pensamento que tive ao analisar a diferença do ser humano para os outros seres. Sempre considerei que temos muitos sentimentos e pensamentos da mesma forma que muitos outros animais. Mas também não me convenci de que somos totalmente iguais aos demais mamíferos. Afinal, como disse Sartre, o que nos difere dos outros animais, primeiramente, é que somos os únicos cuja existência em si não fornece nenhum sentido pré-determinado. "O homem é aquilo que faz de si mesmo", adoro esta frase.


Então, pensando um pouco mais, acredito que tenhamos uma noção a mais, um sentido se assim podemos chamá-la, que aqui determino: o de autoexistência. Pois somos, acredito, os únicos animais capazes de perceber o fato de que existimos, e nos questionar sobre isto. Um cão, um golfinho, uma ameba, não posso dizer com certeza mas, acho eu - e se não o for, que seja, deixe outro animal possuir o mesmo sentido que nós - não param para se perguntar o porquê fazer aquilo, do porquê existir. Mas nós podemos compreender o fato de estarmos aqui, vivos, e de jogar com isto - o que alguns chamam de filosofar. Eis aí o sentido que para mim é dominante na evolução da espécie humana.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Censura

Se começar a ler este texto, chegue até o final. E siga a instrução após isto.
Espero mesmo que tenha seguido rs.

Deu-me trabalho, mas enfim consegui sintetizar abaixo no que acredito.
E agora finalmente estou livre para te contar.  =]
É interessante observar a exagerada relevância que é dada às críticas,
ainda assim quem me conhece sabe que eu as levanto o tempo todo, pois é -
se comparado ao mundo em que vivemos (que tanto tem melhorado seus métodos
em nos entreter e emburrecer, de nos calar e privar o conhecimento,
de convivermos acomodados sem fazer nenhum sacrifício como antigamente),
- o que mais poderia chamar a atenção das mentes adormecidas,
mesmo diante deste governo corrupto - que, afinal
, dizer que é completamente totalitário e manipulador
não parece, sejamos francos, tão errado assim.

Assim sendo, eu aqui declaro que várias de minhas minhas críticas foram
adotadas, verdade seja dita, para tentar libertar os outros das condições
absurdas, impostas talvez por mentes perversas, que sempre visaram
apenas esconder os problemas das pessoas de si mesmas, tentando
manipular-nos através de palavras completamente desnexas e mentirosas,
os gostos, desejos e cada vez fechando as mentes de mais e mais pessoas,
pelas quais não desisti de lutar tão facilmente.

Sim, é isto mesmo! Estou aqui declarando, a plenas digitadas,
que por mais que eu pareça chato e arrogante, só tento fazer os outros verem
os erros e falta de bom-senso, os quais qualquer um pode se deixar levar.
E por mais que me ignorem e achem ridículo, continuo lutando pela liberdade!

Comecemos então pela mídia! Como pode esta perfeita
máquina de manipulação em massa - que faz as pessoas verem a vida como uma
maravilha colorida, que nos tira da cabeça toda a necessidade de lutar,
- conseguiu, ao longo dos anos, o poder de concretizar falsas verdades,
fazer tão mal à sociedade quanto dizem as piores péssimas? Afinal,
o grande fator, primeiramente, é que ela conseguiu fazer-nos acreditar que
a sociedade DEPENDE das notícias, depende de alguém que controle
a si mesma, gerou uma nação de incapazes, cujos sonhos se limitam a manter
a vida cujo objetivo máximo seja o de ganhar dinheiro e constituir família.
A partir disto, paramos de pesquisar, ler, e aceitamos tudo o que nos é dado pela
Televisão, objeto de consumo que predomina em todas as residências, e
que nos mantém "contentes" e indispostos a buscar a verdade por detrás do que 
nos mostra as novelas todo o dia, que são tão reais quanto
o diretor da novela pode ser em sua própria pequenez,
muitas vezes, no fundo, uma menininha que simplesmente precisa de maquiagem.

Também há o tal do livre-arbítrio, que deveria ser visto como
o direito primordial que dite as leis e regras (desde que não afete o próximo) e não
um absurdo que necessita ser regido e controlado ao máximo pelas leis.
As pessoas deveriam poder fazer o que quiser, se não atrapalha a sociedade.
O nosso governo, ao controlar jogos-de-azar, prostituição e drogas,
nada mais está fazendo do que tirando a nossa liberdade de escolha,
indica o certo e o errado para as pessoas. Pois
como pode haver um certo e um errado para todos? E se alguém gosta de
fazer sexo para fins de diversão pura, se drogar, se divertir com banalidades,
oras, que faça!! Não faz mal à ninguém, e a proibição
é o que gera a repreensão das pessoas, e conseqüentemente a violência!

O que acontece na nossa sociedade contemporânea é que os indivíduos
se autodelimitam desde pequenos, de modo a não poder enxergar os diversos lados
que são tão amplos, sábios e bons, podem ser levados à confusão
sim, se deixados à mercê de uma superfreqüência de marketing tão renegada
em livros, teatros, cultura, jornais, etc. E é isto o que cria a perfeita
combinação entre falta + manipulação de informação, na
ilusão de que a sociedade em que vivemos é
perfeita, enquanto que na verdade ela é ainda pútrida e
tão repugnante quanto alguns dizem ser.

Afinal, seria a omissão da informação tão ruim assim?
A censura de poucas frases (metade, no caso), pode gerar o entendimento arbitrário. 
Como nesta brincadeira que fiz com vocês.
ATENÇÃO: agora que você já "terminou", vá com sua seta do mouse até a primeira palavra, clique, e arraste o mouse até este ponto. Releia.