Bem vindo!

Este blog foi criado com o intuito de divulgar ideias e expandir limites.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Lucidez

Este é apenas um desabafo de um dia tão estranho quanto o hoje está sendo.

Com certeza oq sinto neste momento não é algo que veio do nada, nem veio da constante prática consciente de algo.
Na verdade, provavelmente são frutos de inúmeros acontecimentos tão independentes quanto eles possam ser, que tem se manifestado, em minha percepção, de uma forma conjuntamente muito estranha.

O que quero dizer com "estranho" é uma série de acontecimentos coincidentemente anormais que me envolveram entre ontem de noite até o presente momento.
Coisas pequenas, como meu computador ter pifado simplesmente do nada, até coisas mais graves, como saúde e bem-estar da minha família. Tudo num pequeno intervalo de tempo, de algumas horas.
Isto me exigiu uma capacidade de ter que reagir alternativamente em diversas situações da minha vida. Acho que esta mudança brusca acabou por desencadear algo mais.

O que passei a sentir, na verdade, foi uma grande lucidez. Sempre pensei que a lucidez em si implica no bem-estar.
Mas a coisa não está acontecendo bem assim...

Primeiro, sinto como o universo é, na verdade, algo fluído. E em como, ao menos, eu, me prendi em cada situação como algo concreto, o que não é.
Na verdade, já tinha esta consciência de que tudo muda na vida. Qualquer pessoa com um mínimo de inteligência sabe que não se pode contar com o que é certo.
Mas, ainda assim, eu costumava me prender às coisas, como uma forma de me normalizar perante a sociedade, focando numa rotina mas ao mesmo tempo visando a sua mudança.
Com isto, perdia cada vez mais a posição de liberdade em mim mesmo, visando uma libertação futura daquilo que é chamado de rotina.

A rotina, afinal, nem deveria possuir uma palavra. Pois ela não existe.
A liberdade mental não é a fuga da rotina. É simplesmente não se aplicar o seu conceito, em nenhum dos lados desta pseudo-moeda.


O que me dói, ao conseguir abstrair as coisas, é ver como elas vão de mal a pior.
Como as pessoas nem sabem o porque levam sua vida em frente.
É ver como elas se acovardam perante o injusto.
É ouvir como elas se imbecializam perante o discurso sério.

Eu me acovardei hoje também, em uma das situações estranhas.
E deixei de ajudar com simples palavras, por ter ficado como um idiota perplexo ao ver que ninguém ajudou também.
Fomos todos um bando de imbecis naquela situação em particular.

Fui, em si, um negligente, um covarde, só porque não conhecia a pessoa injustiçada.

E por quantas situações não os somos em nossas vidas, apenas por pensar "este problema não é meu"?
Quanto o mundo não deixou de ser um lugar melhor devido à negligência das pessoas?


Não é tão difícil assim mudar o mundo, mas ainda assim, deixamos de fazê-lo, mesmo quando fazemos lindos discursos em prol do próprio ideal.
Não são nossos discursos que movem o mundo. São nossas atitudes.

Quantas vezes não deixamos de melhorar as coisas por pura preguiça?


Pior que ficar preso na própria ignorância, é ficar preso na própria covardia.


Posso ter ficado louco, querendo que o certo fosse certo feito deste jeito.
Mas que outro desastroso pecado, senão a negligência do egoísmo, deveria ser retirado do mundo?

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Política

O ambiente faz o pensamento. E esta praga de ambiente político brasileiro, na época de eleições, infelizmente, me fez pensar.

Em primeiro lugar, pensei o quanto a política nada mais é do que uma força exclusivamente burra. Não estou dizendo isto como ofensa ou por indignação (apesar de estar, sim, indignado com muitas coisas). É que, literalmente, a política é o contrário do intelecto.

Pois vejamos assim: o que é política? Não seria toda uma rede de trâmites, contatos, propaganda, força bruta e, principalmente, lábia e poder de persuasão, utilizado como meio para se chegar a um fim? Ou seja, a política é todo o meio para se chegar a um fim, que não se utilize da racionalidade das pessoas.

Pois procura conduzi-las pelo sentimento (medo, patriotismo, desejo de bem-estar), e usufrui destas características humanas para colocar o político no poder. Mesmo quando a política age pela verdade, acaba fantasiando a verdade como melhor ou pior, de modo a melhor coordenar o bando de gente para a direção que melhor agrade o líder.

O problema, em si, não está na política; a falta de racionalidade das pessoas até poderia ser utilizada por um ser ético, e coordenar a todos para uma situação melhor.
Mas a coisa fica feia quando o bando, em si, não se deixa perceber que está sendo coordenado pelo sentimento e deixa a razão de lado, em uma hora que esta última deveria governar.
Neste ponto, fica muito fácil para o político levar o povo para o caminho que ele quiser, pois a maioria segue sem se preocupar para onde está indo.

Eis o erro da democracia política. Critiquem-me o quanto quiser, mas uma democracia política não funciona em um país de ignorantes. Dá nisto: como a maior parte das pessoas não possuem conhecimento algum, acabam elegendo um palhaço (nunca imaginei q fosse dizer isto, mas, literalmente um palhaço) que leva 23 (VINTE-E-TRÊS) políticos a se candidatarem, estes sem nem ao menos se preocuparem em mostrar a fuça para o povo

Desculpem, mas acho a democracia política, em seu estado evolutivo atual, simplesmente ridícula! Como pode, por exemplo, o voto (ou OPINIÃO) de uma pessoa de 50 anos, que estudou política, educação, economia, história, direito, sociologia, geografia, e tenha doutorado em alguma destas áreas, valer exatamente a mesma coisa que o voto de um moleque de 20 anos que nem tenha terminado o ensino médio, que nem ao menos se dê ao trabalho de entender como funciona o sistema de votos que ele irá participar?

Minha sugestão, que já contei a diversos amigos (alguns concordam, outros não, naturalmente), é haver uma espécie de peso para o voto, baseado nos estudos, ou em alguma pontuação feita em algum exame nacional. Enfim, que seja este ou não o melhor caminho. Mas a coisa realmente não deveria ser como no parágrafo acima. É ridículo.

Outra coisa ridícula é um indivíduo que não possua nem ensino fundamental (não saiba nem o que é uma mitocôndria, muito menos uma constituição) consiga se candidatar a qualquer cargo. Acho que os candidatos deveriam passar por um grande teste, dificílimo, antes de serem permitidos a governarem algo. A constituição deveria ser refeita. Já é hora.

Por fim, este texto não serviu para nada mesmo. Nada muda se o povo não muda.
Seguem abaixo umas frasesinhas que fiz na inspiração destas patéticas semanas.

Política é toda força que não atua pela inteligência.

A aceleraçao tecnológica é positivamente correlacionada com a desaceleração política.

O mundo está cheio de imbecis, que ainda acreditam em papai noel, que julgam mas não sabem pensar, que sabem o que é certo mas ninguém tem coragem para fazer, contaminados pela pseudo-epidemia, mediocrizados na mesma rotina; ou são cegos, ou não querem ver.

E, como diria George Orwell: "Ignorância é Força". E força política.