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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Os Fins Ocasionam os Meios

E porquê os justificariam? Uma vez que o "fim", neste contexto de "objetivo", nada mais é que uma utopia que nos motiva a seguir em frente.
Comparo à uma utopia devido ao fato de, mesmo que chegarmos ao "fim" desejado, este nunca será tão perfeito quanto o era em nosso imaginário.
Por mais que conquistemos todos os objetivos criados em vida, nunca estaremos em um estado de plenitude interna.

Até aqui, tudo bem, mas... sabendo disto, e aceitando tal ideia, não seria possível brincar com isto?
Quero dizer que tudo de bom que vivemos na vida são os meios, nunca os fins. Pois o fim para de ser bom no exato momento que se adquire a consciência de que se está imerso neste.
O que aconteceria, então, se taxássemos tudo como um objetivo, como um fim?
E não me refiro aqui a taxarmos de pequenos fins dentro de um fim maior, mas sim taxarmos tudo ao nosso redor, todas as possibilidades, como um grande e imenso fim, o qual sempre tenderemos a chegar, cada vez mais próximos, mas nunca chegaríamos?

Pois o quanto importa, aliás, chegarmos ao nosso objetivo? Isto nada mais é que uma ilusão necessária para que pensemos que temos que chegar lá, e assim vivermos plenamente enquanto buscamos algo apenas. Mas a consciência de que a nossa vida está imersa na busca, e não na linha de chegada, pode nos trazer algo muito mais importante, que é o conhecimento do que faz a nossa vida valer a pena.


Deste modo, poderíamos descartar os fins, os meios, e toda esta parafernália que seria necessária para vivermos plenamente, e aprendermos que toda a "fórmula mágica" na verdade está dentro de nós, mas que por ignorância só a utilizamos como força para buscar um fim cujo objetivo nada mais é que despertá-la... eis o ciclo vicioso que precisa ser quebrado, para podermos encontrar o verdadeiro caminho a trilhar, e não apenas trilhar um que se pareça com o que traçamos.

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