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Este blog foi criado com o intuito de divulgar ideias e expandir limites.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Quem é Você?

Quem é você?

Rockeiro pagodeiro gênio astronauta biólogo economista comunista esportista,
idiota doente inconseqüente imaturo,
patricinha playboyzinho pobre bêbado preto branco hippie, 
monstro religioso ateu curioso muçulmano oriental ocidental extraterrestre, 
intrauterino ameba prostituta psicóloga classicista,
neo-classicista modernista pós-modernista, 
pele-vermelha velho jovem, 
sábio aventureiro especulador, 
destruidor-de-lares altruísta viciado,
nerd vegetal ladrão zen,
assassino campeão marxista,
maconheiro noveleiro estrangeiro...


NÃO SOMOS NADA DO QUE DIZEM!!!

Limpemo-nos de todos os adjetivos a que somos fulminados diariamente.
Ninguém é nada daquilo que alguém classifica, cada um é um só, mistura de milhares de elementos que se desenvolvem de uma maneira ímpar em cada ser vivo.

Adjetivos só nos confundem, nos prendem e conduzem a não experimentarmos novos sabores, novos ódios e novos amores, ao "não faço aquilo porque sou isto" (mesmo que inconscientemente), levando à um pré-conceito completamente ignorante à real situação em si.

Pense no que pensam de você, e veja se concorda. Você não é nada disto, somos metamorfoses ambulantes que não culminam no objetivo de ser alguma coisa - mas sim de fazer alguma coisa.


Troque suas idéias, recicle, sem ter medo de si mesmo.

domingo, 8 de agosto de 2010

Inconsciente Coletivo

Quero iniciar este post agradecendo ao Vinicius pela troca de ideia da sexta-feira, que me fez pensar "bacarái" no assunto deste...

Estávamos a discutir, dentre diversas outras coisas, sobre o porquê das pessoas agirem de determinada forma sem ter explicação alguma para fazer aquilo, no máximo dizendo "porquê é assim" ou "porquê todo mundo faz assim". Vou expôr mais ou menos o que pensamos, e agregar mais algumas coisitas que vim a pensar depois...
A questão é que o ser humano sempre está preso a fazer algumas coisas não só pelo costume, mas também pelas atitudes dos demais, quando inserido em alguma sociedade.
Na antigüidade, por exemplo, muitas das decisões inúteis eram tomadas com base na mitologia: se não houvesse um sacrifício todo o dia, a escuridão teria forças para dominar a luz e o sol não nasceria; quem entrasse em determinada caverna entraria no reino dos mortos, e portanto esta devia ser evitada; estes tipos de coisa.
Após isto, na Idade Média, começou-se a decidir com base na religião. O homem matava, morria, passava fome, trabalhava, escravizava, gastava tempo, em prol de uma religião que queria apenas se manter no controle da situação. Muito conhecimento foi retardado por ir contra a estabilização das igrejas e templos, e a maioria da população agia conforme fosse dito por uma entidade maior, sem reclamar disto, mas agia principalmente porquê todos agiam desta forma, e não havia outro caminho.

Aaaah os tempos de hoje!! Nada como poder abrir a janela num sábado ensolarado, e gritar aos prédios: "Sou Livre!!". Será mesmo?
Pensemos um pouco: antes do mercantilismo (que iniciou-se por volta de 1500) ninguém dava tanta importância ao consumo. Nenhum povo tinha o pensamento "trabalhar mais, para ganhar mais, para comprar mais". O consumo era uma necessidade da vida, e não a felicidade em si.
É isto o que hoje mais valorizamos no mundo de hoje; aquele que ganha mais dinheiro, e pode consumir mais, é "bem-sucedido", enquanto aquele hippie das montanhas é um "pobre fracassado".
De onde veio esta generalização, de que o trabalho enobrece a pessoa, e que, na verdade, é o dinheiro que importa? Pois a maior aspiração no geral de nossa sociedade atual é este: dinheiro. Porém, as pessoas ficam tão cegas com isto, que não são capazes de ver como no passado o dinheiro não possuía tamanha importância, e nem sequer era cogitado como objetivo de vida. É óbvio que todas as pessoas, no mundo de hoje, ficariam indignadas se o salário delas fosse menor daqui alguns anos do que o de hoje.

Mas porquê é tão importante assim o consumo? Será que é só isto o que temos? Tenho a singela impressão de que tudo o que vemos como objetivo é o consumo, exatamente como os religiosos do século XI viam deus como o objetivo supremo, e portanto gastavam suas vidas com isto. Pois hoje em dia, nada mais fazemos, senão trabalhar.
Pois trabalha-se para comprar mais coisas para ficar mais feliz e trabalhar melhor e comprar mais coisas, que muitas vezes são tão inúteis que precisam ser socadas mente-abaixo pela mídia para que obtenhamos desejo de consumi-las. E dá certo!

Bom, não é esta a discussão na qual quero entrar aqui. Isto é apenas um grande exemplo do chamado "Inconsciente Coletivo", que nos faz fazer algo, sem pensar em nossas reais vontades e necessidades, apenas porque todos os outros fazem igual. 
Assim, em vez de pensarmos por conta própria (o que geraria muito trabalho), apenas seguimos o que os outros fazem, pois pensa-se que se todos fazem, é porque deve ser o melhor a se fazer. Mas acontece que se todos pensarem assim, todos farão o que ninguém decidiu. É como quando estamos andando em um grupo, e cada pessoa está seguindo para onde o grupo está indo, mas não há ninguém guiando!

E pior: se um ser pensante se dá conta desta situação, facilmente ele pode manipular os seres não-pensantes, simplesmente colocando em suas mentes a ideia de que todos fazem de determinada forma, coordenando assim o rebanho para onde ele achar mais propício.

É por isso que eu digo, meus amigos: PENSEM!!! Não fiquem acomodados fazendo as coisas sem nenhuma expicação para isto. 
Por que todos nós (eu muitas vezes) deixamos as oportunidades passarem muitas vezes por deixar de fazer algo à toa.


Quer ver um grande exemplo do que fazemos, e eu realmente não entendo o porquê? 
Não há sentido nesta cultura que se criou de se pensar que é falta de educação ou inseguro falar qual é o seu salário aos colegas de trabalho. Pode perceber, nenhum de nós divulga esta informação. Eu mesmo, encontro grandes dificuldades em falar. Mas aí me pergunto porquê, e eis a resposta: porquê meus pais e a sociedade me ensinaram assim!! Só isto!! Nenhuma resposta lógica!!
Na verdade, pelo contrário. Os chefes normalmente incentivam-nos a não dizermos o salário aos companheiros de equipe, de modo que não haja comparações, e que funcionários que são mal-remunerados sem perceber não reivindiquem salários melhores. E normalmente até os chefes são vítimas do inconsciente coletivo neste ponto, a não ser os grandes milionários, que perceberam como manipular este e alguns outros pontos.


Vamos lá, pensem comigo, tentem achar um único problema em dizer o seu salário a colegas de trabalho. Não é inseguro, uma vez que seu colega, por ser trabalhador, não irá arrombar sua casa para roubar. Também não é falta de educação. Imagine que um colega que faz o mesmo trabalho que você, te diga que ganha o dobro que você ganha. O que você faria? Provavelmente ficaria indignado, por saber a real situação que a empresa lhe omitiu. Isto seria uma falta de educação da empresa, e não do seu colega de trabalho. Mas é vantajoso para alguns que não nos sintamos indignados, por isso a cultura imposta de que não podemos divulgar nossos salários.


Neste e em milhares de outros exemplos podemos encontrar o problema do Inconsciente Coletivo. Ele é, sim, o formador da cultura dos povos, dos costumes. Porém, o problema se dá quando tais costumes atrapalham as vidas das pessoas, aprisionando-as a objetivos de outros seres que se aproveitam da situação.




Sejamos nós mesmos. Não deixemo-nos coletivizar pelo sonho de outrém.