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domingo, 6 de abril de 2014

Se "Deus" existe, como Age?

Este texto não se enquadra a pessoas que não acreditam em nada superior, e crêem que o universo é uma mera coincidência física. Pois a premissa deste texto é justamente a de se compreender que existe algo maior (por muito tempo fui radicalmente ateu, mas aos poucos, fui vivenciando alguns vínculos entre ocasiões que realmente não podem ser explicados pela mera estatística ou qualquer ciência claramente definida em palavras - por exemplo, quem tiver a oportunidade de ver alguma mãe agir com um sentido desconhecido em prol de seu filho, que parece sobrenaturalidade, por favor, apenas peço que reflita em vez de ficar cientificamente cego diante disto).

Em primeiro lugar, como já discuti em textos anteriores, não há sentido tentarmos compreender "Deus" ou, se não uma entidade, esta força misteriosa que encobre o universo. Acredito que isto seria algo comparado a um vegetal tentar entender como funciona uma mente animal, por exemplo. Mas a ideia deste texto me veio, em verdade, ao tentar descartar algumas ideias absurdas de algumas religiões ("povo escolhido", "pessoas superiores às outras", "terra sagrada", dentre outras expressões mal intencionadas ou interpretadas).

Minha primeira conclusão é que, se algo superior existe, é para todos. Qual seria o sentido de algo superior que beneficie apenas a algum pequeno grupo, se os demais não contemplados nada fizeram de errado para que sejam excluídos? Ou qual o sentido de algo superior beneficiar uns poucos que nada fizeram a mais que os outros? Este é um dilema antigo de muitas religiões, do por que alguém nasce num barraco, sem condições de direcionar sua mente a qualquer tipo de coisa mais elevada, se tornando um ser medíocre, enquanto outro nasce em berço de ouro, e ainda pode seguir fazendo coisas ruins à humanidade por toda uma vida? Acredito que toda a ideia de reencarnação tem em parte como base esta inaceitação da desigualdade, uma vez que promove a justiça ao longo dos tempos e dos atos.

Outra conclusão que achei óbvia, é que realmente os métodos de aproximação da divindade, ou (dependendo de sua crença) de evolução espiritual, se deva a fatores não-mundanos, no campo mais sutil, como o amor, respeito, sacrifício, generosidade, retidão, integridade, etc.. Como podem rezas por medo, oferendas, idas ao templo, lhe fazer uma pessoa melhor por si só? Só podemos melhorar partindo de dentro, com força de Vontade (palavra que está no cerne de toda a religião ou crença), pois é apenas isto que nos distingüe quanto a mais ou menos preparados. Além disto, e principalmente, como poderíamos tratar como divino algo mutável? Um pôr-do-sol, o prazer dos hormônios ou a dor dos nervos, a família, altruísmo: por mais frio que pareça, não é isto que nos aproxima do divino; apesar de muitos elementos poderem ser achados quando estamos nestes meios: a desvinculação de coisas materiais, a percepção do prazer e dor apenas como ilusões finitas, a possibilidade de se dar amor a alguém. O alguém em si, por melhor pessoa que seja, não nos aproxima de nada superior, mas pode sim nos dar a oportunidade de nos aproximarmos do divino, mas o caminho é sempre por dentro de nós.

E isto já nos dá o terceiro ponto que quero tocar: para evoluirmos, é necessário tão-somente Vontade, e nada mais. Não é ser generoso que nos torna divino: mas o sentimento divino implica, por exemplo, na generosidade. É seguir o que se sabe ser correto, melhor para o todo, simplesmente não fazer aquilo que o coração julga errado. E tentar encaminhar os outros para dentro de si mesmos.

Claro que pode-se tirar muitas outras conclusões (que, por sua vez, são premissas para entendermos um pouquinho melhor), mas falar mais disto hoje já não me seria tão franco ao coração. Então paro por aqui, com o pouquinho a mais da verdade.