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domingo, 28 de março de 2010

O que é a Vida?

Quero começar este post esclarecendo o que é a vida do ponto de vista científico - como surgiu a "primeira" forma de vida.
Há muito tempo atrás, houve na terra uma poça d'água, relativamente calma, como um lago, a que os cientistas denominam hoje "sopa primordial". Nesta sopa, ocorriam naturalmente diversas reações químicas, que envolvem a conecção e desconecção de átomos na formação de moléculas.
Totalmente ao acaso, surgiu uma molécula extensa (que só foi possível na ausência de oxigênio, que corroeria tal molécula). Tal molécula possuía a estranha propriedade de reunir outros átomos para formar uma molécula exatamente idêntica a ela mesma - porém, por pequenos erros, ocorriam algumas mutações.
Esta molécula foi posteriormente denominada DNA. E isto resume o surgimento da vida para a ciência.

Mas porquê, tal molécula continuou se unindo às suas cópias, de modo a gerar células, e se transformar em um ser baseado em carbono? Porquê continuar crescendo? Será que a sua propriedade química também buscava "evoluir"? Mas se evoluir é uma vontade, então daonde viria esta vontade? Será que não havia algo impulsionando, afinal, a molécula de DNA a se reproduzir, conscientemente?

Gosto muito de uma frase citada por Mephistópheles (o diabo) na peça "Fausto", onde ele diz ao próprio:

"De que vale o eterno criar, se a criação em nada acabar?"

Ou seja, porquê haveria um criar tão complexo, se não houvesse antes uma vontade maior? Seria simplesmente um mero acaso hipercomplexo? Ambos os lados podem ser considerados e refletidos.

Mas, refletindo um dia sobre a tal vontade submolecular que resultou na formação do DNA, me veio à mente: porquê não a energia que conduza as ligações atômicas não pode ser, em si, a vida, ao invés da matéria dos átomos?
Afinal, nossa consciência é, na verdade, um monte de descargas que ocorrem em nosso cérebro - energia.

Não quero me prender a esta reflexão que pode ser tão facilmente (ou não) desmascarada por qualquer um que entenda mais de bioquímica do que eu - um economista. Mas o que quis com isto, é dar introdução a uma reflexão sobre o que é a vida, reflexão que tive baseado no que escrevi acima.

O que pode ser considerado vivo?
Acredito que vida seja tudo aquilo que possui uma consciência, mesmo que tal consciência seja impossibilitada de agir e influenciar fisicamente o seu universo, o seu meio.

Primeiramente, isto nos traz a questão: será que a pedra, ou a luz, ou o fogo, não possui em si uma consciência?

A segunda pergunta que pude levantar foi: o que é a consciência em si? Não seria ela uma manifestação racional, que em última instância segue uma ou mais máximas (objetivos)?
Para a vida que conhecemos, tal máxima se resume às características do DNA: sobreviver.
Mas não poderiam ser as próprias leis da física uma máxima, um objetivo, de uma consciência? A gravidade, a velocidade da luz, não poderiam ser simples objetivos de uma consciência que necessariamente é, por exemplo, o de viajar a 1.079.252.848,8 km por hora? Não seriam então conscientes as próprias leis físicas em si?

Afinal, isto nos trás à velha reflexão sobre "O Homem Bicentenário": seria o que denominamos de coisa, mas que realize algo em prol de um objetivo, uma vida, ou seria apenas mais um bando de fenômenos físicos?

Um comentário:

  1. Na verdade oculta, a ciência não sabe de certo definir um ser vivo, porque segundo a ciência não pode haver vida extraterrestre devido a ausência de oxigênio, ou ausência de água em alguns planetas, ou até mesmo luz. Mas quem disse que todos os seres vivos precisam necessariamente desses fatores para viver? E se existem seres que não precisem de O2, ou água ou luz... É bastante ignorante e egoísta da nossa parte, achar que para viver é preciso as mesmas condições que no planeta terra, não acha?
    Agora...se um dia a ameba quis se tornar um ser humano, e se ela considera isso uma evolução... Nunca saberemos!

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