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terça-feira, 9 de agosto de 2011

O que é Verdade?

Pensa-se ser fácil definir o que é verdade. Vamos lá, tente. O que é verdade? E o que é verdade, para você? E para o outro? E para todos?

Vivemos num tempo materialista. Tempos estranhos, cheio de dogmas improvados. Um deles é que a verdade é o cumprimento da ordem a que a física nos limita, como corpos, neurônios e energia.

Isto deve ser mesmo a verdade? Querem com isto pregar-nos uma verdade universal, transformar tudo em regras válidas para tudo, e quem sabe um dia prever o futuro.

Parando de enrolar, refletindo um pouco comecei a pensar que a verdade não é una. E ao mesmo tempo, deve ser pluralmente aceita, e não excludente.

Na ciência, que é a base que temos, erroneamente, assimilado 100% à verdade nos dias de hoje, são fatos tão somente físicos com uma explicação lógica, una em espaço e tempo; o que ela não nos fala é que é limitada a teorias até então críveis, que podem até mesmo estar erradas.

Na filosofia, verdade é aquilo que a nossa mente entende como verdade, sendo mutável de indivíduo para indivíduo, e portanto flexível, conseqüente da vida como força motriz para que a mesma possa existir.

Para a arte, a verdade se dá através da percepção sensorial mais pura o possível do mundo, sendo totalmente arbitrária e livre, sem fronteiras.

Para a política (a verdadeira, de politeia), verdade é tudo o que trás evolução à sociedade, o que a faz conviver em harmonia, o que a faz ser boa para todos, tornando-se uma verdade desejada pelos indivíduos.

Para a religiosidade, verdade é aquilo que nos dá sentido, seja um ser divino, seja nosso estilo de vida. Falo aqui do sentido literal de religião, da palavra re-ligare, que nada mais significa que re-ligar: nos ligar constantemente ao sentido de nossas vidas, àquilo que nos torna parte de um todo.

Quando se acredita apenas em uma das verdades acima, se fica cego, e todos os outros paralelos e suas verdades jazem ignorados, como que inexistentes. É importante construirmos nosso caminho calcado em estudos de todas estas verdades, sem descrer nenhuma delas, pois assim o caminho que trilharmos nesta vida se calcará como NOSSA verdade.

Há o velho conto (de autoria desconhecida), que exemplifica bem o que quero dizer:

Um dia, um Filósofo estava conversando com o Diabo quando passou um sábio com um saco cheio de verdades. Distraído, como os sábios em geral o são, não percebeu que caíra uma verdade. Um homem comum vinha passando e vendo aquela verdade alí caída, aproximou-se cautelosamente, examinou-a como quem teme ser mordido por ela e, após convencer-se de que não havia perigo, tomou-a em suas mãos, fitou-a longamente, extasiado, e então saiu correndo e gritando:

“Encontrei a verdade! Encontrei a verdade!”
Diante disso, o filósofo virou-se para o Diabo e disse:
“Agora você se deu mal. Aquele homem achou a verdade e todos vão saber que você não existe …”.
Mas, seguro de si, o Diabo retrucou:
“Muito pelo contrário. Ele encontrou UM PEDAÇO da verdade … Com ela, vai fundar mais uma religião e eu vou ficar mais forte!”


 

Um comentário:

  1. Há muita sabedoria nas suas palavras!
    A verdade pertence a todos, mas cada um tem a sua...
    O conto mostra como não deixar que coloquem vendas em nossos olhos!

    Muito bom mesmo! ^^

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