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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Objetivo

Velha pergunta: qual o objetivo da vida?

Minha velha resposta, proveniente de Sartre: o objetivo da vida, em si, nada mais é do que aquilo que traçamos para nós mesmos, individualmente, pois o ser humano é o único ser vivo conhecidamente capaz de traçar uma meta que não seja apenas sobreviver e procriar.

Já citei esta resposta diversas vezes nos meus próprios posts anteriores. Mas vou deixar de contornar a situação, quase que com uma desculpa para não me aprofundar no assunto, e finalmente nadar em minha mente em busca do meu sentido da coisa, que foge ao nosso colega Sartre.


Tentemos enxergar: o que nos motiva a viver? Porquê continuar vivo, tentando melhorar em diversas áreas, se ao final toda matéria do universo se acelerará tanto que viraremos simplesmente energia - nós e todos os efeitos que deixamos no mundo - e dará na mesma morrermos de um jeito ou de outro, tendo feito coisas ou não?

Oras, a resposta parece simples: felicidade! Sim, pois se do pó viemos e ao pó voltaremos, temos que aproveitar todo este "intervalo" e fazer com que nossos sentimentos sejam os mais felizes o possível, pois é eminente a certeza de que a felicidade é boa.

Sim, é boa. Mas não é tudo que temos. Pense em quantos já não se sacrificaram e sofreram em prol de um ideal que nem ao menos fosse chegar aos sentidos de si mesmo. Ou fizeram o mesmo em prol do amor, ou por questões religiosas, ou simplesmente para obter mais conhecimento - em todos os casos, abdicando muitas vezes da felicidade.

Assim, deduzo que logicamente felicidade não é o objetivo máximo da vida, já que abdicamos dela em muitas ocasiões, que certamente nem ao menos culminarão em mais felicidade pela frente. Simplesmente abdicamos.

Creio que cada indivíduo tende a achar cada vez mais caminhos a seguir pela vida. O primeiro deles, obviamente, é a felicidade, pois fica claro desde o momento que nascemos o quanto é bom a emissão interna de hormônios que a trazem. É simplesmente maravilhoso.

Mas chega uma hora na vida, em que há para alguns necessidades extras. Completar um ideal, fazer feliz uma outra pessoa (mesmo que abrindo mão de sua felicidade), se dedicando a alguma entidade mística ou divina, buscar conhecimento externo ou interno, ou até mesmo algum hábito doentio, como os denominados "toques" por exemplo (não pisar em riscos no chão, girar a fechadura sempre 3 vezes, etc).

Enfim, cada um acrescenta novos objetivos à sua vida, em determinados momentos. Há uns 3 anos, eu acreditava cegamente que a única coisa que eu deveria maximizar em minha vida era a felicidade. Mas então, encontrei o quanto gosto do conhecimento. Neste instante, fiquei realmente perplexo, como algo que não me trazia a felicidade em si, de maneira direta, poderia me fazer "gastar" a vida com tanto afinco. A partir de então, fiquei convencido de que existiam estes dois objetivos na vida de todos os seres humanos.

Mas foi aí que me surgiu um terceiro - o de autoentendimento e dominação de mim mesmo. Como perco momentos felizes ou de conhecimento, para ficar apenas tentando me entender! Foi aí que percebi: objetivos não são listáveis, são infinitos. E nunca se imagina o próximo objetivo que há de vir para nossas vidas.

2 comentários:

  1. Todos temos problemas, responsabilidades, ansiedades, uma série de coisas que nos desviam deste estado pleno de felicidade.

    Em nossa existência há os momentos felizes!
    Esses, se é que podemos classificar são de maior ou menor intensidade embora seja indiscutível o quanto é BOM sentí-los.

    Me fez lembrar a metáfora da jarra de cristal já ouviu?
    Quando todos os alunos achavam que já estava cheia, a professora acrescentava mais uma substância...

    Assim é o conhecimento!
    SEMPRE vai caber mais e mais informações e aprendizados seja com experiências boas ou ruins mas, vividas!!

    Se alguém acreditar que já "encheu a sua jarra" não há mais motivo para continuar exisitindo, aí sim tanto faz virar pó ou não...

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  2. Eu acredito que antes da felicidade, ou mesmo antes de conhece-la, crescemos com um objetivo material, pois desde pequenos observamos e admiramos o poder dos nossos pais, em como eles controlam tudo e como tudo precisa ser feito através deles. Um exemplo classico é o Papai Noel, somos obviamente induzidos a acreditar que ganharemos um presente caso sejamos obedientes, e é ai que nos perguntamos, por que um presente?por que algo material? podemos sim pedir a felicidade, a saúde, o amor, o afeto e outros sentimentos que não são palpeveis, mas isso ninguém pode nos dar, a gente encontra com a vida. Ai você me diz, mas estamos adquirindo conhecimento nesse meio termo, sim estamos, mas por pura conveniência e não por prazer, aw mas somos apenas crianças, sim somos, mas se você pensar, o que será que uma criança na África pede ao Papai Noel, aposto que não é nada material,muito menos tão egoísta ao ponto de servir só para ela. Como você mesmo disse Gabs, você observou que o conhecimento te satisfazia há pouco de 3 anos, muitos precisam levar a vida inteira para descobrir isso, outros podem levar a vida inteira que nunca vão descobrir, então acho que podemos concluir também que a materialidade vêm primeiro acompanhada de um pouco de conhecimento e assim, após algum tempo chegamos finalmente à felicidade, que é a razão de tudo e nos faz querer sempre algo mais, ai voltamos ao conhecimento por prazer!

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